sábado, dezembro 31, 2005









VEM!!

segunda-feira, dezembro 26, 2005


Frase: “Anda, amigo, de nada nos adianta o não-manifesto pois a vida não aprende por mais que a ensinemos, os pássaros voam, as borboletas e etc. tal neste Inverno de coração assoado no lenço de papel; tu sabes que vives na sombra do que te é inferior, que as mulheres são iguais ao patronato: escolhem os que vestem os uniformes e tu foges à média, amigo, espiga demasiado alta nas cearas sociais, as ideias não cabem nas frases (foram feitas para serem curtas), vives na sombra do que te é inferior, acendes o cigarro, marchas pelas ruas, pensas na vinda de Amon-Rá (deus sol), na sua auto-regeneração (Khephra), mas a certeza morre nas águas que a madrugada reserva nos seus riachos de esperança iguais a poças de lama, sopa de répteis, sangue de chacal, cabeça de alfinete, amigo, os votos nas presidenciais equivalem-se aos votos de boas festas – repetem-se volta e meia em voos anunciados de um ressuscitado Cristo, acredita que há palácios enormes sem nenhum quarto que seja habitável, não vive lá ninguém, não respira, não dorme, começas a ficar velho para isto, amigo, esperas que o poema adiado se cumpra, que se inicie, que regresse ao útero, sem teres bem a certeza em que útero ele cresce, se é que cresce, se é que cresce em ti… ”.

.OJNA UET O ARDEP ED È OÃN EUQ EM-ARTSOM ADNA

sexta-feira, dezembro 23, 2005



Frase: “Pai Natal, vê se lhe ofereces algum sentido de humor que é para ver se ela me acha alguma piada”.

Vê lá se fazes isso…

quinta-feira, dezembro 22, 2005



Frase onde te espero: “Na madrugada, com o coração na neblina”.

LETRAS DE UMA SÓ PALAVRA

“Existem dois tipos de matemática: a numérica e a relacional; com características muito diferentes. Enquanto nos números 1+1=2, nas relações 1+1=3. Quem é o terceiro numa relação entre 2 pessoas? A relação”.

Ricardo Vargas, os meios justificam os fins, gestão baseada em valores: da ética individual à ética empresarial

segunda-feira, dezembro 19, 2005



Frase: “Falamos a mesma língua mas sem nenhuma palavra sinónima”.

Esperava mais de tudo até mesmo da dor fingida que não se espera nada pois a noite de fractura exposta expõe as fragilidades do copo de vidro levado aos lábios que te quiseram beijar um pensamento demasiado longe demasiado alto não tão igual ao pássaro que voa ou ao anjo esfarrapado que pousa no café bebido de amargo sem açúcar esperavas mais neste momento e agora ligas o rádio passeias até à janela repetes as palavras ditas não ditas bem ditas mal ditas mas todas por dizer todas por fazer todas por cumprir segues a linha do pensamento circular despes as roupas frias do Inverno que há-de vir como um beijo enviado para alguém que não existe um fantasma um espectro uma sombra de alguém que mataste anos atrás na inocência de ser tão igual a ti próprio mas sem paralelismo sem equilibrismo sem pára-quedismo se o único salto que interessa é de cabeça contra o chão de pedra espelho do mesmo céu de pedra que se parte e se continua a partir.

RMM


quarta-feira, dezembro 14, 2005


Frase: "Começa a encadernar as páginas".
LETRAS DE UMA SÓ PALAVRA
“A identidade de cada pessoa é constituída por uma multitude de elementos, que não se limitam evidentemente aos que figuram nos registos oficiais. Existe, claro, para a maior parte das pessoas, a pertença a uma tradição religiosa; a uma nacionalidade, por vezes a duas; a um grupo étnico ou linguístico; a uma família mais ou menos alargada; a uma profissão; a uma instituição; a um determinado meio social… Mas a lista é bem mais extensa, virtualmente ilimitada; pode sentir-se uma pertença mais ou menos forte a uma província, a uma aldeia, a um bairro, a um clã, a uma equipa desportiva ou profissional, a um grupo de amigos, a uma empresa, a um partido, a uma associação, a uma comunidade de pessoas que partilham as mesmas paixões, as mesmas preferências sexuais, as mesmas diminuições físicas, ou que se acham confrontadas com os mesmos problemas. (…) Elas são os elementos constitutivos da personalidade, (…) Se cada um desses elementos se pode encontrar num grande número de indivíduos, jamais encontraremos a mesma combinação em duas pessoas diferentes, e é justamente isso que produz a riqueza de cada um, o seu valor próprio, aquilo que faz de cada pessoa um ser singular e potencialmente insubstituível”.

Amin Maalouf, as identidades assassinas

segunda-feira, dezembro 12, 2005

Frase do sangue NEGATIVO: “Este dia tem as cores do renascimento”.


quinta-feira, dezembro 08, 2005

Frase sem cor sem luz sem ver: "Sem cor sem luz sem ver".
Imploro para que possa existir vida e que as garras do destino não me irão rasgar as asas não sei se saberei responder às perguntas da esfinge não sei o que amanhã o sangue me dirá não sei pai se hei-de escrever que o teu filho encalhou na praia sem barco e sem areia sem garrafa de náufrago escrevo os dedos frios sobre as teclas suadas não sei se escaparei ao medo o arrependimento de última hora assume o seu rosto no ecrã fumo o vigésimo não sei quantos cigarros do dia que se funde com a noite que se funde com a madrugada espero pelas palavras que o sangue me dirá.
RMM

segunda-feira, dezembro 05, 2005



Frase: “Demasiado puro para não se envenenar, demasiado puro para não ser um veneno”.






"Escreves o que já foi escrito, não depende de ti tornar as palavras belas".

sábado, dezembro 03, 2005


Frase: "Ainda não te toquei".


quinta-feira, dezembro 01, 2005


Frase sobre a tua desorientação: “Não foste tu que te perdeste, apenas o mapa se enganou no seu caminho ”.

POEMAS DA MINHA VIDINHA

Acordar tarde


tocas as flores murchas que alguém te ofereceu
quando o rio parou de correr e a noite
foi tão luminosa quanto a mota que falhou
a curva- e o serviço postal não funcionou
no dia seguinte

procuras ávido aquilo que o mar não devorou
e passas a língua na cola dos selos lambidos
por assassinos- e a tua mão segurando a faca
cujo gume possui a fatalidade do sangue contaminado
dos amantes ocasionais
- nada a fazer

irás sozinho vida dentro
os braços estendidos como se entrasses na água
o corpo num arco de pedra tenso simulando
a casa
onde me abrigo do mortal brilho do meio-dia

Al Berto, o anjo mudo
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AINDA NÃO ME DEI AO TRABALHO DE ORDENAR ALFABETICAMENTE (AZAR!)