quarta-feira, agosto 30, 2006

Frase como uma lâmina: “Como uma lâmina na língua fria”.



LETRAS DE UMA SÓ PALAVRA

“Quando a competição substitui a solidariedade, as pessoas vêem-se abandonadas aos seus próprios recursos, dolorosamente escassos e manifestamente insuficientes. A deterioração e a decomposição dos laços colectivos convertem-nas, sem o seu consentimento, em indivíduos de iure, mas um destino opressivo e ingovernável conspira no sentido de lhes negar o ingresso na categoria de indivíduos de facto. Se, nas condições da modernidade sólida, a desgraça mais temida era a impossibilidade para o indivíduo de se adequar à norma geral, hoje em dia, com o advento da modernidade líquida, o fantasma mais aterrador é o representado pelo medo de ficar para trás. Trata-se de um temor muito justificado, sem margem para dúvidas, quando temos em conta o abismo que separa a quantidade e qualidade dos recursos que exigiria, por um lado, a produção eficaz de uma segurança garantida para cada um, e, por outro lado, a confiança, a soma completa de meios materiais, instrumentos e capacidades que a maioria das pessoas pode razoavelmente aspirar a conseguir e a conservar”.


Zygmunt Bauman, confiança e medo na cidade



?lanifa, opmet o è euq o saM .sognol e sona ed olaf ue …sesem ed salaF .osserger ritsixe ed uoxied acnun eS ?edno arap ossergeR ?ossergeR

sábado, agosto 26, 2006

“O destino da alma é determinado segundo seu prãrabdha-karma. O que não deve acontecer, não acontecerá, não importa o quanto você deseje. O que deve acontecer, acontecerá, não importa tudo o que você faça para evitar. Quanto a isso, não resta dúvida. Portanto, o melhor caminho é permanecer em silêncio”.

Ramana Maharshi

Sinto a tua solidão na minha própria que sinto, mas começo a não sentir que as duas, talvez, se encontrem Mas não há como não evitar o choque. O ar encontra-se no mesmo ar que se encontra, por mais que vá ou tente ir contra. Há que respirar, por mais que seja enorme o cobertor dos anos sufocados e as mordaças. Abrir caminho… O vazio preenche os átomos e pode não haver ponte de passagem. Mas o esforço para evitar o sofrimento pode ser ainda mais doloroso do que a própria dor em si. Resta aguardar. ;"Sinto o teu silêncio no meu, mas talvez não sinta que ele com o meu se encontre Aguardar e não-ver; não-aguardar e ver. Ainda é cedo. Ainda é cedo mesmo que tudo isto já seja passado. Por isso… já sei como acabou, mas não me lembro (como se fosse possível tal exercício de memória nem das folhas nem das páginas.»

sábado, agosto 19, 2006


Frase: "Isso é o que tu eras, não era o que tu és".


«Enquanto descia a tua rua. Todos os mundos, todos os destinos. Todos.
E ouvira-os falar de viagens, passeios, aventuras, copos. Barcos, aviões, autocarros e carros. Ouvira-os falar de pessoas. De rostos novos.
Mas nada... Acredito que mesmo nada. Sei que mesmo nada. Nada...
Nada em mim poderia ser mais novo. Nada em mim poderia ir mais longe. Do que esses dois minutos em que descia a tua rua.»

segunda-feira, agosto 14, 2006

és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol
és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol
és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol és o meu sol


Frase: “Despe a tua nudez”.


LETRAS DE UMA SÓ PALAVRA


“Deitei-me no chão, e não é fácil. É preciso ter sido queimado por muitos nomes, ter esquecido e relembrado a delicadeza, o sangue, a ironia, paisagens e transmutações, as formas, as vozes. Como se pudéssemos existir sem qualquer herança, com a fortuna apenas de um tesouro criado pela solidão. Deitado na terra, respiro contra o chão vivo; e estou com a cara muito junto ao chão, o sopro bate na terra e volta-me à cara. É ainda assim uma bela coragem.

Um estilo bruto, voraz, tremendo: árido a um tempo e perigosamente ferido pela paixão. Mas eis agora o trabalho inovador de esquecer e odiar. Depois, com a boca nos tumultos da água: beber, beber. E encaminhar o estrangeiro visitador por corredores e quartos até onde possa, com os dedos grandes e fortes, meter-se pela massa viva do nosso coração dentro. Dormir então debaixo de uma árvore muito brilhante. Mas primeiro: cólera, esquecimento, humildade. Um estilo alarmante, muito para não nos deixar dormir senão depois de completamente cumprido. E que então não deixasse dormir o mundo”.

herberto helder, photomaton & vox

terça-feira, agosto 08, 2006





Frase dos teus lábios nos meus: “Os teus lábios nos meus”.



Os teus lábios nos meus. Algo quando parti trouxe-me as lágrimas aos olhos… mas no rádio tocava Big Boys Don´t Cry.

Em viagem com todos os fantasmas na bagagem, até o fim e até ao início. Da linha.


LETRAS DE UMA SÓ PALAVRA

“E não sabíamos o que dizer, ríamos, chorávamos, dizíamos palavras sem nexo nem sentido aos milhares; ora seguíamos pelo passeio, ora voltávamos de repente para trás e atravessávamos a rua; depois parávamos e atravessávamos outra vez para a marginal; como crianças…”

Fiódor Dostoiévski, noites brancas
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AINDA NÃO ME DEI AO TRABALHO DE ORDENAR ALFABETICAMENTE (AZAR!)