quinta-feira, setembro 03, 2009

POEMA MEDÍOCRE 36

O rato de interstício,
furando as frestas da oportunidade de

queijo velho, poder a qualquer custo e
pêlo eriçado e dentes em riste à laranja podre.

O rato de interstício pelas portas
dos fundos espreita…

a oportunidade que a velha de novelo laranja tricota.

A camisola aos netos. Acorda de um salto! Será
aquele rato o gato que fugiu o Verão passado?

Ela está quase cega. Tem gota. Mija nas fraldas…

“Vem cá bichaninho, vem cá bichano…”

O rato de interstício entra pela porta principal trajando fato e gravata.


Ricardo M. Marques

Etiquetas:

-->
Links
AINDA NÃO ME DEI AO TRABALHO DE ORDENAR ALFABETICAMENTE (AZAR!)