PESSOAS QUE NÃO SE OLHAM SENTADAS AO LADO UMAS DAS OUTRAS
O Fausto de Pessoa lido à pressa numa superfície verde de comida rápida.
O tempo a passar, a apressar o fim.
Pessoas que não se olham sentadas ao lado umas das outras
No horror certeiro da humanidade dos monstros.
Música enchendo-se dos vermes das palavras que a substituem por completo,
A vida alta demais a sair daquilo em que nos tornámos e ficámos a ver.
Tempo, muito tempo ainda.
Mais pessoas que não se olham sentadas ao lado umas das outras.
Tempo, muito tempo ainda
Para pararmos e findarmos juntos,
Dentro do olhar um do outro.
Fernando Ribeiro, diálogo de vultos
Etiquetas: cidade crua, diálogo de vultos, Fernando Ribeiro, Lisboa, metam-se na vossa vida
<< Home