POEMA MEDÍOCRE 25
Noite de mosquitos.
Esquece o vampirismo e as fábulas, toma uma aspirina e
dorme.
Os anjos hão-de chegar, afagar-te o corpo, cobrir-te
de lençóis tão leves.
Aproximas-te do corpo que dorme e
beijas-lhe os olhos ao de leve, cansados, doridos, hão-de acordar também.
Esperas o além da noite e o para além.
Seguras
a felicidade nos braços mas rezas
para que
ela
não te
caia
aos pés.
Envelheces um pouco mais, fumas outro veneno mas
os ratos não roeram a rolha do rei da Rússia.
Palácios, princesas,
dragões de sítios que não conheces, a noite
não te esquece, meu filho, se um dia nasceres procura
o carro de madeira e acelera. Não escutes
os belos lábios das bonecas
de porcelana que falam, pois o amor, meu filho, o amor
é feito de trapos.
Noite de mosquitos.
Esquece o vampirismo e as fábulas, toma uma aspirina e
dorme.
Os anjos hão-de chegar, afagar-te o corpo, cobrir-te
de lençóis tão leves.
Aproximas-te do corpo que dorme e
beijas-lhe os olhos ao de leve, cansados, doridos, hão-de acordar também.
Esperas o além da noite e o para além.
Seguras
a felicidade nos braços mas rezas
para que
ela
não te
caia
aos pés.
Envelheces um pouco mais, fumas outro veneno mas
os ratos não roeram a rolha do rei da Rússia.
Palácios, princesas,
dragões de sítios que não conheces, a noite
não te esquece, meu filho, se um dia nasceres procura
o carro de madeira e acelera. Não escutes
os belos lábios das bonecas
de porcelana que falam, pois o amor, meu filho, o amor
é feito de trapos.
RMM
Etiquetas: mediocridade, RicardoM.Marques
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