quarta-feira, janeiro 10, 2007

Frase de ontem ao telefone: “Há uma certa discrepância no preço que pede em relação aos dos seus colegas”.

POEMA MEDÍOCRE 19

Versos a um velho amor:

Hoje passeias de metro.

A beleza não morreu no teu rosto. Os olhos
não envelhecem.

Percorreste outras ruas. Amaste outros corpos. Beijaste
outras cidades.

Quanto a mim… tu sabes,

frequentei sempre

a mesma puta.

RMM

4 Comments:

Blogger EyeOfHorus said...

Os olhos, sempre os olhos... como que a desfolhar um calendároi de lembranças. Há sempre alguém que parte e um outro alguém que permanece, ainda que sem tristeza. Ficam as lembranças guardadas no fundo dos bolsos.
Eu evito vasculhar os meus, prefiro deixar as lembranças perdidas na ponta do triângulo, a mais inacessível.
Black nº1 kiss

12:05 da tarde  
Blogger DarkViolet said...

Caminho sempre num trajecto...
Percorro as águas infiltradas...
Penetro o ardor do sangue queimado...
Ardo em cada sepultura aberta...
Deixo essa lâmina vasculhar seu manto...
E aí vai ela sem lamentos...

1:56 da tarde  
Blogger Black Rider said...

Pois é, eyeofhorus, e há sempre alguém que parte e nós partimos com ele e há sempre alguém que fica e nós ficamos com esse alguém. Algo de nós parte e algo de nós fica, às vezes simultaneamente e/ou em conjunto.
"Os olhos são capazes de ver mas resguardam-se no despojamento de todo o compromisso e cobiça", não parece dar certo - por melhor que soem as frases, por mais belas que sejam, ou pareçam, as palavras.
Os olhos não envelhecem... é pena nem sempre podermos dizer o mesmo do olhar.
O melhor mesmo é termos "bolsos" bem fundos... ou um dia as lembranças começam a cair pelas nossas ruas, ao longo dos nossos passos.

bj

11:50 da tarde  
Blogger Black Rider said...

"Caminha... no ardor do sangue
Percorre... as águas infiltradas
Penetra... sempre num trajecto


... ao longo da lâmina, darkviolet, para que ardam de vez os lamentos... no fogo das suas sepulturas".

abraço

11:57 da tarde  

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