POEMA MEDÍOCRE 30
Eu e o meu primo
quando jovens, na sombra dos nossos
quinze anos, partindo
os vidros da casa abandonada
dos avós.
Encharcados em álcool.
Eu e a minha dor
que não era
nada ainda, um pequeno animal
no bolso preso, junto ao lenço,
sujo do bolo de noz.
Eu e o meu primo
quando jovens, na sombra
dos nossos vinte anos, rasgando a estrada
encharcados em álcool.
Eu e minha dor
que era, um animal ainda
preso pela sombra,
e não um rosto humano,
sujo do bolo de noz.
Eu e o meu primo,
na sombra dos nossos
trinta anos,
voando sobre a estrada
encharcados em álcool.
RMM
Eu e o meu primo
quando jovens, na sombra dos nossos
quinze anos, partindo
os vidros da casa abandonada
dos avós.
Encharcados em álcool.
Eu e a minha dor
que não era
nada ainda, um pequeno animal
no bolso preso, junto ao lenço,
sujo do bolo de noz.
Eu e o meu primo
quando jovens, na sombra
dos nossos vinte anos, rasgando a estrada
encharcados em álcool.
Eu e minha dor
que era, um animal ainda
preso pela sombra,
e não um rosto humano,
sujo do bolo de noz.
Eu e o meu primo,
na sombra dos nossos
trinta anos,
voando sobre a estrada
encharcados em álcool.
RMM
Etiquetas: mediocridade, RicardoM.Marques
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