Frase: "Não tranques, esfomeados, os leões na mesma jaula".
POEMAS DA MINHA VIDINHA
VIDRO BAÇO
Foi ainda antes de adquirir o vício das palavras
Nesses tempos, por detrás desta janela grande e velha
Era o meu pai quem fumava e me via a brincar
Estava já condenado, o seu olhar incompatível com a infância
Entretanto muita coisa mudou, apenas o sítio permanece
Sou eu quem fuma perdido junto ao vidro embaciado
A rua como única certeza, observo os estranhos que a percorrem
Paulo Barbosa, o centauro
5 Comments:
adorei a frase. bj :)
Sobre os leões estamos conversados; não lhes toco nem com um dedo...
O "mesmo olhar", idêntico novelo de fumo emanado do cigarro, igual geometria urbana.
Somente o vício da palavras será diferente; para relatar histórias de sempre.
Abraço.
Obrigado, Rita, só nos resta, a nós, não nos metermos lá dentro com eles.
Sim, "histórias de sempre sob o mesmo olhar", Legível; de resto... a fatalidade humana ou a vivência dos homens, não sei. Temos de encontrar fora do centro dessa "geometria urbana" essas poucas possibilidades de fuga.
e a continuidade acontece nas + inesperadas coisas e gestos. Bjs e ;)
É verdade, Tmara, vamos, então, continuar a "esperar pelo inesperado".
1 beijo meu para ti!
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