Frase do dia: “Até podes ter encontrado a agulha, o problema é que não era esse o palheiro”.
Vens para morrer no meu coração como se fosse a praia garrafa sem náufrago chutada pelas ondas vazia e sem mensagem vens para morrer no meu coração como se fosse a praia como se fosse a areia despida de sereias e castelos de crianças vens para morrer no meu coração como se fosse a praia gaivotas mortas sem voz e sem peixe grito de sangue assinalado a negro num calendário qualquer ultrapassado e sem retorno vens para morrer no meu coração como se fosse a praia cinzas de fogueira viola de canção lamechas de fim de tarde ao encalço de esplanadas vazias desertas vens para morrer no meu coração como se fosse a praia vens para morrer no meu coração como se fosse a praia vens para morrer no meu coração como se fosse a praia antes fosse a praia antes fosse a praia antes fosse a praia.
RMM
7 Comments:
Bah lá, deixa-me morrer no teu coração como se fosse a praia..., ondulante de palavras que me envolvem os sentidos, neste sentir tão teu.
Boa semana
beijo MR
há muitas marés...muitas, e piratas, e tesouros, e toda a vida no fundo do mar. a praia só no cansaço do naufragio.
beijo
Claudia NC
tu tens de ter muito orgulho nestas tuas palavras, sabes..
são escassos os que conseguem ter este poder sobre as mesmas e dar-lhes os toques de inteligência e de sensibilidade como têm estas.
por isso, gosto de te ler.
*
a verdade é esta, a nossa praia é pura e castra.. fazemos tudo para a preservar desta forma, para que a sua areia quase branca tenha aquele aspecto virginal, para que as ondas embatam nela não com a furia do mar mas como se de caricias se tratassem... depois apaixonamo-nos, sofremos, e a praia passa de paraiso a margem de descargas duma central termo-electica... enfim (suou um bocao decadente..)
Gostei de te ler, novamente *
às vezes estamos a um passo de atingirmos o ponto certo, de alcançarmos a praia certa. por vezes a nossa ideia e o nosso projecto estão já esquematizados no nosso intelecto- agora falta exprimi-lo e atirá-lo cá para fora...
(como se fosse as ondas que a praia atira.
como se fosse a praia.)
um Beijo*
Gostei deste teu texto...e este percebi melhor,pelo menos acho que sim...e acho que é sempre a "morte" mais triste,porque quando finalmente se chega ao sitío que sonhamos,apercebemo-nos que já não há mais forças...tantas vezes foi aí que "morri"...
Beijinhos***
Yuna
rainydays.blogs.sapo.pt
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