Frase: "Igual a um balde de água fria por cima de um vulcão?!"
Noite nos meus olhos de te ir perder outra vez para outra vez voltares passada uma década como se nada fosse e já não fôssemos nada meu amor maldito o mesmo de sempre o eterno e único eu sei que os risos dos planos faraónicos do futuro não apagarão a chama amorfa dos meus olhos em lágrimas e tudo isto não deixa de ser trágico ao torná-lo cómico sonho de adolescente transportado para o homem dos meus trinta e um anos este é o poema sem luz e sem volta de uma tristeza feliz meu amor o eterno e único maldito na minha incapacidade de amar sem rancor e sem culpa percorremos as avenidas de prédios novos nas gargalhadas do silêncio e os lábios sem batom selam as cartas que não serão abertas aos palhaços nas janelas que acenam à caravana que passa e sem graça alguma meu amor maldito o eterno e único adeus de não escrever algo mais alegre neste mesmo adeus de te ir perder para outra vez voltares como se nada fosse passada uma década serpente de silêncio silenciosa sobre a areia serpenteando esquivando os sonhos segredando as sombras segregando as sílabas sob o sol que não arde nesta noite estanque sem sangue e sombria nos meus olhos sós.
RMM
2 Comments:
Que texto bonito e medonho!... Não quero entendê-lo. Mas não querendo, entendo.
Obrigado, Fatamorgana, embora agradecer por "isto" me pareça algo estranho... Pode-se agradecer pelo exercício masoquista de uma dor presente? Não sei... mas fico feliz por expressares a tua opinião aqui, para mim... Tornando toda esta dor(?!) um pouco menos só.
1 beijo meu para ti.
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