Frase do dia: “O posterior prevalece sobre o anterior, o oitavo sobre o sétimo, o sexto sobre o quinto, o etc. e tal e tal sobre o etc. e tal… mas nada prevalece sobre o primeiro ou o último”.
As flores do teu cemitério esta manhã estavam mais frescas na incerteza da noite ou das plantas a chuva dança contra os vidros que desenha a silhueta esfinge dos teus lábios entre as coxas passeio no parque alheio à cidade cinzenta a falta de oxigénio recalca a memória que me diz as estátuas desiludem não desesperes linda criança a natureza é um cesto de papoilas tão perto de nós dançam as borboletas tão perto de nós sorriem as margaridas tão perto de nós regressam as andorinhas tão perto de nós nasce o coração da Primavera no peito da morte estática tão perto de nós as estátuas desiludem as estátuas desiludem as estátuas desiludem as estátuas desiludem as estátuas desiludem as estátuas desiludem as estátuas desiludem as estátuas desiludem as estátuas desiludem as estátuas.
As flores do teu cemitério esta manhã estavam mais frescas na incerteza da noite ou das plantas a chuva dança contra os vidros que desenha a silhueta esfinge dos teus lábios entre as coxas passeio no parque alheio à cidade cinzenta a falta de oxigénio recalca a memória que me diz as estátuas desiludem não desesperes linda criança a natureza é um cesto de papoilas tão perto de nós dançam as borboletas tão perto de nós sorriem as margaridas tão perto de nós regressam as andorinhas tão perto de nós nasce o coração da Primavera no peito da morte estática tão perto de nós as estátuas desiludem as estátuas desiludem as estátuas desiludem as estátuas desiludem as estátuas desiludem as estátuas desiludem as estátuas desiludem as estátuas desiludem as estátuas desiludem as estátuas.
RMM
posted by Black Rider at 10:28 da tarde
2 Comments:
o segundo prevalece sobre o primeiro, ou não?
Bem, num sentido numérico é óbvio que o segundo pode prevalecer sobre o primeiro, isto se encararmos os números como uma ordem progressiva. A frase tem um sentido diferente, um pouco mais simbólico: no fim só há dois momentos que definem, a exemplo do que escreveu o Pessoa (ou um dos heterónimos, não sei): apenas duas datas, a do meu nascimento e a da minha morte. Pelo meio todos os dias são meus. ´
A frase vai um pouco no sentido do amor- o mais importante é sempre o primeiro e o último. O segundo prevalece sobre o primeiro enquanto é o mais actual, mas no fim o que sempre sobra, ou o que define, é a partida e a chegada. Mesmo que o meio até possa ser muito mais intenso.
Obrigado por teres comentado, e desculpa se a explicação não te convence, mas cada um interpreta sempre à sua maneira.
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