Quem és eu?
«Ainda não percebi, mas mesmo não sabendo como nem porquê sabia que íamos estar juntos ao fim da noite. O dia já estava à porta da discoteca quando saímos. Nem sequer faltava o “místico da flauta”, nem todos os emblemas em todos os estandartes. Ainda não percebi e provavelmente não continuarei a tentar… mas a meia dúzia de frases proferidas por alguém, há um ano atrás como se se tratasse de uma profecia urbana pareceram, a espaços, ecoar pelo álcool do meu sangue. O barulho do motor pela manhã não abafou o cantar dos pássaros. E não obstante a distorção mental, acreditem, as suas vozes eram perfeitamente nítidas.
Ontem, pela primeira vez em 14 anos a conduzir nesta cidade, tive de travar a fundo para não bater num comboio em andamento (?!); e o mais estúpido é que isto não é nenhuma metáfora.»
RMM
6 Comments:
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Foram os pássaros. São como o encanto das sereias do aceano. :)
São sempre os pássaros. (En)cantam para nós.
beijo para ti!
O que tu me foste fazer lembrar... há muitos anos atrás, quando eu era uma gaja nova :), vinha a saír do antigo queimódromo vulgo parque da cidade e vi um comboio no meio da estrada. Visto que me encontrava demasiado "embebida", pensei que estava a alucinar mas afinal não! Era o comboio que ia para a estação do parque, enfim...
Voltando ao teu texto e à frase chave, pelo menos para mim. "(...), todos os olhos vigiam"
Será que mesmo quando estão longe?
Bisou
Pois é, eyeofhorus, era mesmo esse o comboio. Esquecemo-nos quase sempre que (muito raramente) ainda temos carruagens a passar no meio da cidade. Bons tempos os do velho queimódromo!
Quanto aos olhos... talvez vigiem, ou tentem vigiar, mais quando estão longe. O perto, muitas vezes, limita-nos por demasiado as vistas.
beijo
Todos os olhos vigiam sim,os dos passaros negros...
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