terça-feira, janeiro 31, 2006



Frase para ti: “Não sou eu que espero nem tu que esperas também, mas é tão-somente ela que espera, ela que espera por nós”.


LETRAS DE UMA SÓ PALAVRA

A vida está dentro da morte, a morte está dentro da vida; deves existir, aqui e agora!

Os opositores confrontam-nos continuamente, mas na verdade não há nenhum opositor. Envolve-te profundamente num ataque e neutraliza-o enquanto puxas essa força mal orientada para a tua esfera.

Não olhes directamente nos olhos o teu opositor: ele poderá desorientar-te. Não fixes o teu olhar na sua espada; ele pode intimidar-te. Não te concentres no teu oponente; ele pode absorver a tua energia. A essência do treino é fazer o teu oponente entrar completamente na tua esfera. Então poderás colocar-te onde desejares.

Até o mais poderoso ser humano tem uma esfera limitada de força. Retira-o dessa esfera para a tua e a sua força dissipar-se-á.

Morihei Ueshiba, a arte da paz

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Meu amigo!
Deixaste-me dar uma vista de olhos nesse livro no outro dia, por isso permite-me:
esse dilema (ou não, parece-me que o Ueshiba não o coloca assim, mas para mim é) de "olhar directamente nos olhos o teu opositor", traz água no bico - ou no olho!
Não consigo simplesmente deixar de olhar (directamente no olhar) o meu opositor, o meu partidário, o meu defractor, o meu amor, ou seja o que for. Se ele me desorienta ou não, parece-me um risco, talvez evitável, mas que que gosto de perseguir.
Quanto à vida dentro da morte:
bem queria pô-las em pé de igualdade, mas não consigo (e talvez não devesse)Estou - e isso é, infelizmente, facto - deveras preocupado com isso. Sei que não devia ser eu a esperar (sou demasiado novo, mas enfim...). Deixarei reflexões desta "natureza" para outra altura (talvez já para a voz da serpente!). Por ora, resta-me agradecer-te por partilhares conosco o que vais lendo. Constrói-te, estás no bom caminho. Abraço forte! p.s. Queria dizer-te algo mais e melhor. Fica talvez gravado no olhar amigo com que nos presenteámos ontem (como tem sido sempre, aliás).

10:17 da manhã  
Blogger Black Rider said...

Olá! Acho que o Morihei Ueshiba se refere a um olhar que não se fixa em nenhum ponto que possa ser definido ou que possa se definir. É um olhar em plena viagem, que consegue abarcar todos os pormenores não se centrando em nenhum ponto definido. Não se trata de fuga, apenas que a verdade das coisas pode não estar nem no dedo que aponta a lua (não nos centrarmos no dedo), nem na própria lua, mas transcende-os ambos. Mesmo que, neste caso, esteja a falar de um confronto pode ser aplicado em inúmeras outras situações. É claro que postular isto também é contrário à perspectiva oriental; já que também nada se pode fixar nas palavras, já que o objectivo primeiro é esvaziar, caminhar para o vazio e não para atafulhar o cérebro de conhecimento. Talvez...
Continuamos à espera das tuas reflexões na voz da serpente - embora a essência esteja tão presente aqui como lá fora.
Eu é que tenho de te agradecer o facto de comentares e lançares mais luz por cima de outras luzes, mesmo que pareçam iluminadas a sombras.

2:17 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Ok, abriste-me outra porta. Bem haja!

7:48 da tarde  

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