quinta-feira, junho 30, 2005

Frase já antiga: “Da pedra fica apenas o pó, do fogo as cinzas, da gaivota a pena, de deus a espada do anjo que cai, da infância o baloiço, dos beijos o sabor amargo quando o doce te morreu nas veias, do mar a lembrança do amanhã, de tudo há sempre alguma coisa que fica, mas das palavras já não fica nada”.
LETRAS DE UMA SÓ PALAVRA
“O traído sempre diz: não deviam ter feito isto comigo e logo agora. Mas é agora mesmo, a hora da traição. E quem mais haveria de te trair além daquele que te jura fidelidade e ao teu lado vive? O viúvo desconsolado ao lado do cadáver da esposa, diz: tão cedo partiste meu amor. Mas o destino é que faz a hora, e toda a hora é hora para partir, para chegar, para nascer e morrer. Para amar e odiar. Para matar e criar. Ser traído amanhã, é viver mais um dia de ilusão. É melhor que a traição seja hoje para que a lealdade seja amanhã. O ódio deve ser vertido hoje para que amanhã o amor seja mais doce”.


“Vence-me.
Vence também os leões.
E a terra será tua“.


A wu dlhawi kule, u dlhawa kola, xivanza nyongueni: o que te mata não está longe, está aqui, perto de ti (só te trai em quem confias).




Paulina Chiziane, O Sétimo Juramento

3 Comments:

Blogger Fata Morgana said...

Puseste várias vezes o dedo na mesma ferida. Ora com mais força, ora com mais cuidado (quase ternura), e até em jeito de consolo... mas não paraste de lhe remexer. :)
Ainda não percebi se sangra mais ou se estanca de insensibilidade!
Um beijo

5:08 da manhã  
Blogger Black Rider said...

Alguma vez ela fechou? Alguma vez deixou de sangrar?
outro beijo meu para ti!

3:09 da manhã  
Blogger Fata Morgana said...

Sim, enquanto estive morta havia apenas uma cicatriz em que eu tocava com dedos de pano, como uma múmia. Mas gosto mais da ferida do que da cicatriz :)

7:51 da tarde  

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