
Frase ouvida hoje num seminário: “ A cidade é uma entidade viva com memória”.
POEMA MEDÍOCRE 22
Falas mas só querem o falo.
Formas-te, dás formação, deformas-te.
“As chagas do meu caixão”, tu sabes, os jovens crescem…
Agora. Hoje. Amanhã. Mas já não
os verbos se encontram nas
palavras.
Dás as mãos ao pedinte embora sejas tu
que pedes, dás os olhos
ao cego embora sejas tu que não vês.
Dás a trela ao cão embora sejas tu quem está
preso. Dás o peso à leveza embora sejas tu que te afundas.
Dás o corpo ao manifesto mas o manifesto é o epitáfio
que se manifesta.
Um pouco mais fundo, os poemas
esgotam-se em cinco minutos.
Nem tanto.
Falas mas só querem o falo.
Vives. Eles
falam em vida.
Os berços embalam punhais apenas.
RMM
POEMA MEDÍOCRE 22
Falas mas só querem o falo.
Formas-te, dás formação, deformas-te.
“As chagas do meu caixão”, tu sabes, os jovens crescem…
Agora. Hoje. Amanhã. Mas já não
os verbos se encontram nas
palavras.
Dás as mãos ao pedinte embora sejas tu
que pedes, dás os olhos
ao cego embora sejas tu que não vês.
Dás a trela ao cão embora sejas tu quem está
preso. Dás o peso à leveza embora sejas tu que te afundas.
Dás o corpo ao manifesto mas o manifesto é o epitáfio
que se manifesta.
Um pouco mais fundo, os poemas
esgotam-se em cinco minutos.
Nem tanto.
Falas mas só querem o falo.
Vives. Eles
falam em vida.
Os berços embalam punhais apenas.
RMM